Precisamos falar sobre: Um post de desabafo e motivação pessoal

terça-feira, 16 de outubro de 2018




Esse post será um pouco diferente dos que eu escrevi até então e também fugirá, em partes, do foco do blog, mas hoje é um daqueles dias em que eu preciso desabafar. Já faz muito tempo desde a ultima vez em que eu escrevi aqui e desde então muitas coisas aconteceram na minha vida, coisas boas e ruins, coisas que precisam ser compartilhadas e outras que eu prefiro guardar no fundo da gaveta de memórias.

Apesar do Nu e Cru não ser um blog sobre a minha vida pessoal, eu sinto que todas as coisas que me aconteceram nos últimos meses me marcaram tanto que, se eu não falar sobre elas, não estarei sendo honesta comigo e com ninguém que venha a ler o que eu escrevo, sendo assim, eu estou aqui para isso hoje, espero que essa postagem sirva para vocês de alguma forma.

Eu enfrentei muitas mudanças nos últimos meses, mas a que, provavelmente, mais me marcou e mais está sendo difícil foi a mudança de cidade. Lembro das várias vezes em que meus pais decidiram partir para um endereço diferente em uma cidade nova e do quanto cada mudança foi difícil para mim, dessa vez, porém quem decidiu partir fui eu, para um novo quarto, um novo lar, uma nova cidade, longe deles, longe dos portos seguros que eu construí nos últimos 8 anos, mas mais perto dos meus sonhos.

A vida de adulta me acertou em cheio e eu tenho apanhado dela nos últimos meses, mas o crescimento que essa mudança está me proporcionando tem feito cada dia difícil valer a pena, tem feito cada momento feliz muito mais marcante e cada momento triste muito mais engrandecedor e eu tenho amado viver essa intensidade de emoções.
Photo by Annie Spratt on Unsplash

Mas não fui só eu quem partiu, pessoas foram embora, não da cidade, mas da minha vida, pessoas que estavam por aqui a alguns anos, pessoas recém-chegadas que não fizeram ninho e pessoas que vieram para mudar tudo e se foram após cumprir sua missão, é engraçado pensar em como eu sinto falta de cada uma delas de uma maneira diferente e como cada uma foi importante de um jeito.

O trabalho de organizar a casa -eu- depois de todas essas bagunças tem sido exaustivo e complicado, a sensação que passa é que os móveis se bagunçam sozinhos toda vez que eu viro as costas, mas, por mais contraditório que pareça, tem sido um trabalho pacificador, dá uma paz ver as coisas se encaixando, as peças sendo montadas, mesmo que esteja sendo difícil sem um manual de instruções.

No fim das contas, eu tenho aprendido que tudo pode ser uma fonte de aprendizagem, que nem sempre as coisas vão ser como a gente espera ou acontecer da maneira mais fácil, mas tudo vai contribuir para você de alguma forma, tudo que você viveu até hoje contribuiu para a mulher que você é agora e tudo que virá contribuirá para o crescimento dessa mulher.

Nunca se culpe pelas viradas que a vida dá, pelos problemas que você não conseguiu resolver, pelas pessoas que partiram, pelas decisões em que você precisará se colocar em primeiro lugar e fazer o que é melhor para você. Lembre-se sempre que você é uma casa e não tem nada melhor que a paz de uma casa arrumada, tranquila e feliz.

Indicações: FEIA

domingo, 26 de agosto de 2018


Ler sempre foi uma das minhas maiores paixões, cresci acompanhada de livros e tentando viver um pouco de cada descoberta que eles me proporcionavam. A indicação de hoje é de um dos livros que mais me marcou ao longo da vida, uma historia real que fala sobre uma infância destruída, relações familiares conturbadas, solidão da mulher negra, entre outros assuntos.

Feia é o titulo da autobiografia de Constance Briscoe, nascida em 18 de maio de 1957, que foi uma das primeiras juízas negras a presidir uma sessão em um tribunal da Inglaterra. Desde a infância Clare, que só descobriu seu verdadeiro nome após sua formatura, sofreu maus tratos por parte de sua mãe e padrasto, além do abandono de um pai ausente e da omissão de suas irmãs.

A garota cresceu recebendo ameaças, puxões de cabelo, socos e pontapés, além de abuso psicológico principalmente vindos de sua mãe, que a considerava feia, quando comparada à suas irmãs e a tratava mal por isso, os maus tratos a levaram a realizar uma cirurgia nos seios para retirar caroços que surgiram como consequências de beliscões e socos que a mãe lhe dava.

Ao longo de 361 páginas podemos conhecer a história e o sofrimento de Constance e, principalmente, podemos aprender com sua força e com a sua luta para alcançar seus objetivos, esta é essencialmente uma história de superação e de esperança.

Feia é um livro difícil de ser lido, doloroso e assustador em muitos aspectos mas muito necessário, é uma experiência de enriquecimento e aprendizado muito profunda e verdadeira.





Precisamos falar sobre: Tentar se diminuir para caber em uma caixa pequena demais

terça-feira, 7 de agosto de 2018



É uma situação que pode ocorrer em qualquer área da vida, seja no trabalho, relacionamentos, amizades, e por ai vai. Você se dedicou para que tudo saísse da melhor maneira possível, deu seu melhor naquele momento mas, ainda assim, parece não ser o suficiente. E agora o que fazer?

Nós mulheres somos ensinadas desde pequenas que devemos ser seres adaptáveis e resilientes, o que é uma coisa muito boa, mas que pode sim se tornar um problema, o que geralmente acontece perante a esse tipo de situação. Nós somos ensinadas a não desistir, devemos esperar as coisas melhorarem, nos adaptar, sorrir e nos dedicar ainda mais na expectativa que esse esforço seja suficiente em algum momento, certo? Errado.

Quero começar dizendo que a culpa não é sua, muitas vezes quando nada parece ser suficiente nós acabamos nos culpando, acreditamos que isso acontece pois não somos boas e não nos esforçamos o suficiente. Não é nada disso, entenda sempre que você fez o que o seu limite permitiu, deu o seu melhor e nem tudo depende de você. Não deixe a culpa te consumir, não é sua culpa.

Photo by Thomas Kelley on Unsplash
Por mais doloroso que seja é importante entender que as vezes nada que você faça conseguirá mudar a situação em questão, tudo aquilo que você dedica pode nunca ser o suficiente para quem recebe e apesar de ser difícil é importante para você parar e refletir se vale mesmo a pena continuar investindo nisso.

Pode até parecer uma boa ideia no momento, mas a longo prazo não te fará bem diminuir a si mesma para conseguir se adaptar em uma caixa que não é do seu tamanho. Um trabalho que não te cabe não vai te proporcionar realização pessoal, um relacionamento que não te cabe não te fará completamente feliz, uma amizade que não te cabe nunca será uma amizade completa.

Desistir de algo em que você depositou seus maiores esforços e sua expectativa nunca vai ser uma atitude fácil. Mas, nunca se esqueça que você é uma mulher incrível e merece muito mais do que a sensação de insuficiência, você merece o mundo. Tenha certeza de que em algum momento você encontrará uma caixa exatamente do seu tamanho e lembre-se sempre que sua felicidade não depende de um trabalho, relacionamento ou uma amizade, sua felicidade depende de você mesma.






5 passos para desenvolver o autoconhecimento

domingo, 29 de julho de 2018





Uma das coisas que todas nós acabamos buscando durante nossa jornada de vida é o autoconhecimento. Porém, muitas vezes não sabemos como iniciar essa caminhada, pensando nisso a postagem de hoje é um pequeno guia com alguns primeiros passos para te ajudar a se conhecer melhor. 

Em primeiro lugar, é importante lembrar que o caminho para o autoconhecimento é pessoal e particular a cada mulher, ou seja, apesar de trazer algumas dicas para te auxiliar esse post não é um manual completo. Você é um ser único e sua jornada será única assim como você.

OBSERVE-SE 
Olhando para dentro de si mesma você será capaz de perceber suas características mais e menos marcantes, suas qualidades e defeitos e todas as pequenas peças do seu quebra-cabeça, são essas peças que, unidas, formam quem você realmente é. Muitas vezes tendemos a nos manter apenas na superfície e acabamos deixando muita coisa passar. Mergulhe em você mesma.

SAIA DA ZONA DE CONFORTO
Experimentar coisas novas pode se mostrar um ótimo exercício de autoconhecimento, as novas experiências te ajudarão a se conhecer melhor em frente a algo inesperado ou incomum. A maneira como você age perante a essas novas experiências, seus sentimentos, seus medos, suas hesitações, tudo isso faz parte de quem você é.

Photo by Nine Köpfer on Unsplash

CONFRONTE-SE
Essa talvez seja a parte mais difícil do processo, mas a melhor maneira de saber a resposta é fazendo a pergunta, certo? O questionamento é fundamental. Quem é você? No que você acredita? Por que? Quais suas certezas? Seus medos? O questionamento pode ser desconfortável e as respostas podem ser difíceis de serem alcançadas, mas é de extrema importância.

REFLITA
O conhecimento adquirido nos passos anteriores não deve ser apenas armazenado em algum lugar da sua mente, reflita sobre si mesma, sobre aquilo que você  descobriu,  sobre as certezas que já não tem mais e as que se mantiveram, os questionamentos que conseguiu ou não responder, reflita sobre tudo. É importante refletir também sobre coisas externas à você, sempre que algo te chamar atenção não deixe passar como se não fosse importante, reflita sobre aquilo.

ESTEJA SEMPRE ABERTA
O autoconhecimento é um processo e ele pode te mudar completamente, se conhecer vai te fazer perceber coisas novas sobre você mesma e esse conhecimento pode sim gerar mudanças. Mantenha sua mente aberta para as possibilidades que toda essa caminha te abrirá e não deixe que nada te impeça de conhecer a si mesma, você merece isso. 

Por fim, saiba que o autoconhecimento é um processo interminável, estamos em constante mudança e sempre haverá mais para aprender e conhecer. Esteja preparada e aproveite, tenho certeza que você não vai querer voltar atrás.